23 de set. de 2011

Aos 19 anos, agora Demi Lovato está no controle de sua vida


Quando Demi Lovato estava fora de controle, lutando com um transtorno alimentar, automutilação e outros problemas, havia membros de sua equipe que sabiam que ela estava prejudicando a si mesma, mas não fizeram nada para detê-la. Então, ela os demitiu.

"Eu tive que demitir algumas pessoas apenas porque eu sei que o meu bem-estar não estava em seus corações", ela disse em entrevista à The Associated Press na terça-feira, 20.

Junta a sua equipe de gestão, Lovato agora sente que tem um bom grupo de pessoas ao seu redor, já que ela se recuperou dos problemas que a forçaram sair da turnê sul-americana com os Jonas Brothers no ano passado e ir para a reabilitação. Ela também deixou "Sonny With a Chance", o programa do Disney Channel que a levou para o estrelato.

A jovem de 19 anos está entrando em um novo capítulo de sua vida. Ela lançou seu terceiro álbum, "Unbroken", esta semana, um início liricamente e musicalmente para a ex-estrela infantil: Ela canta sobre champanhe em "In Real Life", flerte em "Who's That Boy" e R&B em "My Love Is Like a Star."

Há também o primeiro single e sucesso no Top 10 da Billboard "Skyscraper", o qual Lovato chamou de seu "choro por ajuda", quando ela encarou as lutas físicas e emocionais.

Confira a entrevista completa:

The Associated Press: Então, agora as coisas estão bem com a sua equipe?

Demi Lovato: Agora eu tenho pessoas ao meu redor que, ao sinal de qualquer coisa, dizem algo e falam sem ter mais medo de dizer: "Ei, talvez você não devesse estar fazendo isso", porque elas têm medo de perder o seu trabalho ou algo assim. Eu acho que isso é o que está errado na carreira de várias pessoas, tantas pessoas têm medo de dizer: "Essa pessoa tem um problema" ou "Essa pessoa talvez não devesse fazer isso", porque elas têm medo de perder seus empregos.

TAP: Você ainda está fazendo terapia?

DL: Sim, definitivamente. Isso é uma coisa diária. É uma batalha diária. Sou observada por muitas, muitas pessoas todos os dias. Eu tenho uma equipe de tratamento muito forte e, às vezes, chega a ser opressivo ter aquelas várias pessoas apenas focadas em você e em seus problemas.

TAP: É fácil falar sobre seus problemas em público?

DL: Bem, desde o primeiro dia, quando eu deixei o centro de tratamento e quando eu estava lá, nós basicamente dissemos, eu e minha equipe, que não há motivos para mentir sobre qualquer coisa. As coisas estão sendo divulgadas de qualquer maneira, então se você é honesta sobre isso, você bate de frente com os tablóides, e dessa forma não há outros rumores estúpidos circulando sobre você e do porquê você esteve lá ou o que quer que seja. Muita gente pensou que eu estava lá por causa de drogas e álcool, e eu estava lá por causa de um transtorno alimentar e automutilação. Então, isso foi tão difícil pra mim quanto chegar e dizer: "É por isso que eu estou realmente aqui," eu só queria esclarecer as coisas.

TAP: É mais difícil lidar com a reabilitação e com essas questões quando se é uma celebridade?

DL: Eu não acho que seja difícil. Para mim, é mais gratificante falar sobre esses problemas e saber que, possivelmente, estou fazendo uma diferença na vida de alguém. E isso me dá mais responsabilidade. Sinto que estou tendo mais responsabilidade em me manter saudável agora, porque eu sou uma modelo para as jovens garotas para elas não terem problemas com a alimentação e para não dizerem, "hey, está tudo bem em passar fome" ou "tudo bem em vomitar após as suas refeições", isso NÃO está certo.

TAP: Como você se sente em lançar seu terceiro álbum?

DL: Me sinto tão bem. Estou entusiasmada. É como dar à luz a uma criança. É tipo, eu criei essa coisa. Sinto que é o meu bebezinho e aqui estou eu mostrando-o para o mundo, então sinto que de alguma forma, é o meu presente.

TAP: Como sua voz mudou ao longo dos anos?

DL: Eu vi a minha voz mudar bastante, especialmente nesse último ano, porque eu não estou mais fazendo as coisas que prejudicam as minhas cordas vocais. Ocasionalmente, eu não vou trocar o meu descanso ou vou beber muito mais café aqui e aculá, ou muito Red Bull. Red Bull não é bom para a sua voz, mas eu o bebo o tempo todo. Mas no passado, eram os problemas mais sérios que estavam afetando a minha voz e agora, eu não estou mais lidando com eles.

TAP: Sua performance ao vivo de "Who's That Boy" foi um pouco atrevida. Como você fez essa transição para fora do seu personagem da Disney?

DL: Pra mim, isso foi mais uma transição do Pop/Rock para o R&B e eu acho que eu não exagerei. Estou realmente orgulhosa dessa música. É o meu próximo single e é um pouco mais atrevido. Eu digo "droga" nele (risadas). Estou amadurecendo e a performance no palco foi definitivamente, um pouco mais sexy, mas não muito. Eu não quero assustar os meus fãs. Ao mesmo tempo em que os meus fãs estão crescendo comigo, e eu não quero ir de um jeito mais drástico.

TAP: Esse álbum é muito dançante, mas existem baladas também. Por que você decidiu abri-lo com "Skyscraper"?

DL: Eu tive que lançá-lo, porque eu queria falar sobre os problemas e a jornada que tenho enfrentado, e eu não queria apenas sair com uma música dançante fugindo do assunto e as pessoas ficarem tipo, "Espera. O que? Eu achei que ela estava na reabilitação e depois que isso aconteceu, ela agora está saindo com uma música dançante?" Isso não faria sentido. Então eu queria ter uma música que explicasse isso, e essa foi suficientemente emocional.

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